"PSSOR! ESSE ANO PROMETO TIRAR TODA GORDURA DA MINHA DIETA PRA SECAR".
- Felipe Kutianski
- 2 de jan. de 2016
- 3 min de leitura

Primeiro post de 2016 Criaturaaaaaaaa... E você com esse mesmo papinho furado de levantar 150Kg no Supino Reto e comer Lasanha Sadia pós-treino.
No final de 2015, o que mais observei nos facebooks alheios foram dietas Detox ou o tradicional Frango com Batata-Doce (café da manhã, Almoço e Jantar = Queima Jesus). Antes de sair se entupindo de batata-doce, procure entender melhor alguns detalhes, como o índice e a carga glicêmica dos alimentos. Claro que o mais coerente nesse novo ano é você investir em um profissional da área da Nutrição, anote essa dica.
A utilização do índice e da carga glicêmica dos alimentos como estratégia para o aumento do rendimento no exercício físico é muito debatido. Moura (2007) sugere a necessidade de padronizar e adaptar os métodos de treinamento físico as tabelas calóricas existentes, pois diversos fatores influenciam na determinação do índice e carga glicêmica, sendo que os mesmos não se aplicam isoladamente ao tratamento da obesidade, devendo ser aliados a outros parâmetros nutricionais de acordo com o objetivo da dieta, ou seja, procure uma orientação profissional adequada.
Os cálculos de consumo calórico para aumento de massa muscular ou diminuição do percentual de gordura são bem mais complexos que uma simples multiplicação entre peso corporal e gramas consumidas. Segundo Moura (2007), o consumo excessivo de carboidratos está associado ao aumento do acúmulo da gordura corporal, reforçando a importância de um planejamento nutricional.
Muitas pessoas constroem ideias fundamentadas em um senso comum totalmente errôneo, como evitar o consumo de toda e qualquer tipo de gordura. Bray e Ponpkin (1998), já mostraram que a dieta rica em gordura não é a principal causa do aumento da incidência de obesidade no panorama mundial, e que a diminuição da ingestão de gordura por si só não é a grande solução para este problema. Ludwig (1999) apontou que nas últimas três décadas o consumo de refeições ricas em gordura tem decaído, porém os índices de obesidade tem se comportado de maneira diferente.
Nesta mesma linha, Westman (2007) apontou que os aumentos nas taxas de obesidade estão relacionados com o aumento do consumo de carboidratos e do sedentarismo... Chega de Lasanha Sadia no sofá filhão!
Outro fator que também pode influenciar na sua dieta de 2016 é sua cidade. Isso mesmo, a nossa região geográfica tem uma ligação direta com nossos hábitos de consumo. Perozzo (2015) apontou que a região Sul do Brasil tem um índice de obesidade de 62% nas mulheres e de 37% nos homens, a mais do país.
"PSSOR! PARANAENSES, CATARINESES E GAÚCHOS TEM UMA PROBABILIDADE MAIOR DE SE TORNAREM OBESOS?".
Segundo Olinto (2006) e Gigante (2006), o aumento do número de pessoas obesas na região Sul do Brasil, poderia estar relacionado com o baixo consumo de frutas e vegetais na dieta, elevando o percentual de pessoas obesas ou com sobrepeso.
PS: Vale resaltar novamente que não sou Nutricionista. Estou apenas comentando estudos.
Para um 2016 mais saudável e inteligente, fiz um cálculo pra você Criatura:
24 Lasanhas SADIA bolonhesa de 650g pós-treino custará em média R$ 200. Com 21.888 Kcal e 56.112 mg de Sódio de brinde.
Em resumo meu amiguinho viciado em bolonhesa, o preço médio de uma consulta Nutricional que mudará sua vida é de 24 lasanhas.
Não inventei:
Moura, C. M. ÍNDICE GLICÊMICO E CARGA GLICÊMICA: APLICABILIDADE NA PRÁTICACLÍNICA DO
PROFISSIONAL NUTRICIONISTA. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo v.1, n. 6, p. 01-11, Nov/Dez. 2007. ISSN 1981-9919.
Bray, G.A; Popkin, B.M. Dietary fat intake does affect obesity! Am J Clin Nutr 1998; 68:1157-73.
Ludwing, D.S., Majzoub, J.A., Al-Zahrani, A., Dallal, G.E., Blanco, I., Roberts, S.B. High Glycemic index foods, overeating and obesity. Pediatrics, vol 103, n 03, 1999. E26.
Westman, E.C.; Feinman, R.D.; Mavropoulos, J.C; Vernon, M.C; Volek, J.S.; Wortman, J.A.; Yancy, Y.S.; Phinney, S.D. Low carboidrat nutrition and metabolism. American Journal Clinical Nutriton. Vol 86, 2007. p.276- 84.
Perozzo, G. Associação dos padrões alimentares comobesidade geral e abdominal em mulheresresidentes no Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(10):2427-2439, out, 2008.
Olinto MTA, Nácul LC, Dias-da-Costa JS, Gigante DP, Menezes AMB, Macedo S. Níveis de intervenção para obesidade abdominal: prevalência e fatores associados. Cad Saúde Pública 2006; 22:1207-15.
Gigante DP, Dias-da-Costa JS, Olinto MTA, Menezes AMB, Macedo S. Obesidade da população adulta de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil e associação com nível sócio-econômico. Cad Saúde Pública 2006; 22:1873-9.
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