"Pssor! O que é esse tal de ISOTON?"
- Felipe Kutianski
- 8 de mai. de 2018
- 2 min de leitura

Então Criatura mais perdida que vírgem no Baile do Dennis.
Como a maioria das coisas mais doidas do planeta, isso também veio da Rússia.
Em seu livro "Musculação: nova concepção russa de treinamento", Seluianov (2008) afirma que a hiperplasia das miofibrilas nas fibras musculares oxidativas, decorrem da execução de um exercício sem o relaxamento dos músculos ativos, em amplitudes reduzidas e nos ângulos de maior tensão. Isso é denominado ISOTON... segundo os russos é claro.
"OK PSSOR! MAS POR QUÊ ISOTON?"
Ué.. o cara inventou, ele chama como quiser... brincadeira.
Para entender o porque do nome, precisamos entender o raciocínio de Hislop (1967), que coloca de forma clara que apenas dois conceitos de exercício resistido foram compreendidos nas revisão mais clássicas de treinamento: os isotônico e os isométricos. Em resumo, o exercício isotônico envolve contrações musculares contra uma sistema mecânico que fornece uma carga constante, ou seja, concêntrica ou excêntrica. Caso essa carga não seja mais contante, ele será um exercício isométrico.
"MAS ISSO ME AJUDARÁ NOS TREINOS?"
Criatura... se isso não fosse significativamente importante, eu não estaria escrevendo.
O "grande segredo" desse método são as enormes alterações fisiológicas que ele desencadeia no organismo. Tanto Seluianov (2008), quando Sato (2008) já descreveram toda importância na hipoxia na musculatura. Entretanto, o isoton causa uma "oclusão vascular" sem utilização de acessório externo, como no KAATSU japonês.
Eu sei, o papo ficou nerd e confuso, mas seu professor vai te ajudar.
Quando realizamos exercícios por um volume de tempo entre 30 a 60 segundos, na fase isotônica do movimento (maior tensão), ocorre uma compressão dos vasos capilares pela musculatura ativada, tornando o ambiente celular mais oxidativo (ótimo). Os ganhos podem variar entre o aumento da força muscular até a hipertrofiaria da musculatura alvo.
Enfim Criatura... para você ter certeza que está seguindo os "moldes" do Isoton Russo, você precisa:
1) Amplitudes reduzidas;
2) Manter-se no angulo de maior tensão;
3) Cargas (Kg) leves, por volta de 20%-50% do RM;
4) A duração do exercício deve ser controlada por tempo e não pelo número de repetições.
NÃO INVENTEI:
SELUIANOV, V. N. Musculação - Nova Concepção Russa de Treinamento. Ed. Jurua, 2008.
Sato, Y. Muscle size and strength are increased following walk training with restricted venous blood flow from the leg muscle, KAATSU-walk training. Journal of Applied Physiology. Retrieved 2008-01-31.
Hislop HJ. The isokinetic concept of exercise. Send toPhys Ther. 1967 Feb;47(2):114-7.
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