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"PSSOR! NÃO SINTO DOR NO DIA SEGUINTE. SERÁ QUE TREINEI MUITO LEVE?"

  • Foto do escritor: Felipe Kutianski
    Felipe Kutianski
  • 14 de dez. de 2016
  • 2 min de leitura

Olá Criatura Sadomasoquista,

Entenda uma coisa bem simples: "DOR NÃO TEM RELAÇÃO COM TREINO BEM FEITO!". Se quiser sentir dor no pós-treino, pode pedir para seu personal lhe dar um soco no abdômen no final da aula.

O Desconforto (prefiro chamar assim) ou Dor muscular de início tardio, é basicamente um processo inflamatório desencadeado pela sobrecarga mecânica aplicada ao sistema muscular. Segundo Clarkson (2002), ela poderá ocorrer algumas horas após a prática do exercício resistido. Os sintomas de dor aparecem, geralmente, 8 horas após o término do esforço, alcançando intensidade máxima entre 24 ou 72 horas, podendo persistir por até 7 dias.

Você precisa entender que existe uma classificação para determinar os graus de lesões, ou seja, não saia tomando Dorflex sem saber ao certo com seu médico o que ocorreu. Na concepção de Fernandes (2011), as lesões musculares podem ser causadas por contusões, estiramentos ou lacerações, separando as lesões entre leves, moderadas e graves. Os sinais e sintomas das lesões GRAU 1 são edema e desconforto; GRAU 2 são perda de função e equimose eventual; GRAU 3 é ruptora completa, dor intensa e hematoma extenso.

Então meu Amiguinho Admirador de "Dorzinha Gostosa", treinamento e microlesões são pontos bem mais sérios do que sua imaginação de Terra do Nunca pensa.

O estudo de Herring (1987) concluiu que 30 a 50% de todas as lesões associadas ao esporte são causadas por lesões de tecidos moles. E seguindo esta mesma análise, Järvinen (1993) apontou que mais de 90% de todas as lesões relacionadas ao esporte são contusões ou estiramento.

Enfim meu Brother, antes que seu personal te ache um "Burro de Carga"... Lembre-se que não é necessário cargas absurdas para causar microlesões e estimular o processo de supercompensação. Nakamura (2011) apresentou em sua revisão sinais de microlesões em menos de 40% da RM (Repetição Máxima) e Sato (2005) com 25% da RM.

Em resumo, não é apenas na CARGA (KG) que seu personal deve ter como base seu treinamento (Assim eu torço e Rezo por você!).

Comece a entender os diferentes meios de promover esses estímulos ao seu organismo e que NÃO É NECESSÁRIO TER DOR no treinamento para obter bons resultados.

Quem entende de dor é namorado traído, músculo "entende" estímulos!

Não inventei:

Clarkson PM, Hubal MJ. Exercise-induce Muscle Damage in Humans. Am J Phys Rehabil 2002; 81:S52- S69.

Herring SA, Nilson KL. Introduction to overuse injuries. Clin Sports Med. 1987;6(2):225-39.

Järvinen MJ, Lehto MU. The effects of early mobilisation and immobilisation on the healing process following muscle injuries. Sports Med (Auckland, N.Z.). 1993;15(2):78-89.

FERNANDES, Tiago Lazzaretti. Lesão muscular: fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e apresentação clínica. Revista Brasileira de Ortopedia, v.46, n.3, p.247-255, 2011.

Nakamura. Monitoramento da carga de treinamento: a percepção subjetiva do esforço da sessão é um método confiável?. Rev. Ed. F. UEM. Maringá, v. 21, n. 1, p. 1-11, 1. trim. 2010.

SATO. The history and future of KAATSU Training. International Journal of KAATSU Training ResearchVol. 1 (2005) No. 1 P 1-5.

 
 
 

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