"PSSOR! FAZ MESES QUE ESTOU NA ACADEMIA E AINDA NÃO CHEGUEI NEM PERTO DO MEU OBJETIVO".
- Felipe Kutianski
- 17 de out. de 2016
- 3 min de leitura

Olá Cidadão que adorar ver novela e socializar na sala de musculação.
Primeiramente deveríamos ter uma ideia sobre esse seu objetivo! Emagrecer? Hipertrofiar? Correr? Saltar? Fugir? Socializar?
Se for TENTAR ficar igual o Arnold Schwarzenegger ou Dwayne Johnson, recomendo já ir iniciando leituras sobre reencarnação e esperar para tentar na próxima vida.
Mas calma, você não está sozinho nos "Resultados Perdidos de Sábado à noite", isso é comum em 99,9% das academias.
Vamos analisar um ponto bem importante e que provavelmente você e várias outras criaturas estejam errando:
"1.º ERRO - INTENSIDADE, FILHÃO!"
Provavelmente você e outras milhares de criaturas espalhadas por toda Terra de Vera Cruz (vulgo Brasil) não chegam nem próximo da intensidade mínima no treino para causar alterações fisiológicas e bioquímicas.
Segundo Azevedo (2007), a melhora da resistência muscular é apresentada através de 50% de 1-RM na carga de trabalho. Ou seja, não estamos falando em uma intensidade altíssima, mas bem acessível aos vários públicos.
No mesmo estudo conduzido por Azevedo (2007), concluiu-se que os resultados positivos sobre a resistência muscular são apresentados entre 4 e 6 semanas de treinamento. O tempo médio de desistência de um programa de treinamento é por volta da terceira semana, ou seja, o aluno nem dá tempo ao seu próprio organismo para adaptar-se aos estímulos propostos e já quer ir embora.
Procure ser mais paciente com os treinamentos, pois nosso organismo sofre milhões de alterações bioquímicas e fisiológicas para adaptar-se aos novos agentes estressores, como um treino novo.
Os aumentos de força são lentos e podem chegar de 1 a 3% por semana com treinos moderados e com treinos mais intensos a 4 - 5% por semana, segundo Sharkey (1998).
"AHHH PSSOR! EU QUERO EMAGRECER E NÃO FICAR GRANDE!".
A sua sorte Criatura é que eu penso por você, senão você já estaria tomando Herbalife no almoço e sentado no sofá usando TotalShape.
A nossa massa corporal MAGRA é composta principalmente de massa óssea e massa muscular magra, que são responsáveis por 90% do metabolismo, segundo Bailey (1994). E quando nos referimos a Hipertrofia Muscular como objetivo principal do treinamento, Santarem (1999) considera útil para hipertrofia muscular a faixa compreendida entre 1 e 20 repetições, e cargas entre 60 - 75% da repetição máxima (RM).
Em resumo meu brother, se quiser emagrecer... treine forte!
Para saber quais os outros erros, é só continuar ligado no Blog!
Não Inventei:
Azevedo. EFFECT OF 4 WEEK OF RESISTANCE TRAINING OF HIGH INTENSITY AND LOW VOLUME IN MAXIMAL STRENGHT, MUSCULAR ENDURANCE CAPACITY AND BODY COMPOSITION IN MODERATE TRAINED WOMEN. Brazilian Journal of Biomotricity. 2007.
UCHIDA, M. C.; BACURAU, R. F. P.; NAVARRO, F.; PONTES JR, F. L.; TESSUTI, V. D.; MOREAU, R. L.; COSTA ROSA, L. F. B. P.; AOKI, M. S. 85 Alteração da relação testosterona:cortisol induzida pelo treinamento de força em mulheres. Rev Bras Med Esporte, v. 10, n. 3, p. 165-168, 2004.
MAIOR, A. S.; ALVES, A. A contribuição dos fatores neurais em fases iniciais do treinamento de força muscular: uma revisão bibliográfica. Motriz, v. 9, n. 3, p. 161-168, 2003.
MUNN, J.; HERBERT, R. D.; HANCOCK, M. J.; GANDEVIA, S. C. Resistance training for strength: effect of number of sets and contraction speed. Med Sci Sports Exerc, v. 37, n. 9, p. 1622-1626, 2005.
Marchand, E A A . Melhoras na força e hipertrofia muscular, provenientes dos exercícios resistidos. Revista Digital - Buenos Aires - Año 8 - N° 57 - Febrero de 2003
SANTAREM, José Maria. Treinamento de força e potência. In: GHORAYEB, Nabil & BARROS, Turibio, O Exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Ed. Atheneu. p.35-50, 1999.
BAILEY, Covert. Dietas não Funcionam, Entre em Forma e Emagreça: se você não está em forma, você está gordo. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1994.
SHARKEY, Brian J. Capacidade muscular. In: Condicionamento físico e saúde. Porto Alegre: Ed. Artmed. p.141-202, 1998.
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