"Pssor! Esse diabo de Kettlebell é bom mesmo ou é modinha?"
- Felipe Kutianski
- 29 de jan. de 2017
- 3 min de leitura

Olá Criatura que adora seguir tendências fitness,
Essa "bolinha" de ferro está bem longe de ser uma MODINHA, pois está no universo fitness desde 1704. Somente em 2000 os Kettlebells chegaram aos Estados Unidos através do Instrutor das forças especiais Soviéticas Pavel Tsatsouline.
Claro que depois da implantação do Kettlebell nos Estados Unidos, esse acessório se propagou mais rápido que Coca-Cola e McDonald's.
O pensamento de Tsatsouline foi reforçado pelo trabalho de Fusi (2014), que defende sua utilização para trabalhos de força, flexibilidade e potência muscular.
"OK PSSOR! JÁ ENTENDI QUE É TÃO VELHO QUANDO VODKA. MAS QUAL O DIFERENCIAL DELE?".
Eita bicho ansioso, por isso que fica seguindo modinha fitness e tomando herbalife.
Os grandes diferenciais da utilização dos kettlebells em uma periodização de treinamento, segundo Beltz (2013), são: (1) respostas significativas das alterações metabólicas, (2) Número de grupamentos musculares e articulações envolvidos em seus movimentos, e (3) alta demanda cardiorrespiratória.
As pesquisas de Fusi (2014) também consolidam as adaptações no limiar anaeróbio ventilatório, decorrentes dos estímulos apresentados por uma sessão de 12 minutos de Swing e Clean, enquadrando-se perfeitamente na intensidade recomendada pelo Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) para a melhora da aptidão cardiorrespiratória.
"ENTÃO DEVO TROCAR AS BARRAS E HALTERES POR KETTLEBELLS, PSSOR?".
Ótima pergunta, Criatura que não faz ideia do que é um Swing ou Clean.
Não é necessário e nem deve. Cada equipamento tem sua função, aplicabilidade, cinemática, etc. dentro de uma sala de treinamento.
Claro que existem determinados exercícios que podem ser realizados com equipamentos diferentes, cada um com suas particularidades.
O trabalho de Chaves (2015) faz uma comparação entre dois exercícios (Clean e Snath), onde utilizou duas aplicabilidades diferentes: LPO (levantamento de peso olímpico) e Kettlebells. As duas grandes diferenças apresentadas por Chaves (2015) e Farrar (2010) estão nos planos de execução do movimento e no volume de treinamento.
O levantamento de peso olímpico utiliza movimentos bilaterais, e habitualmente utiliza séries de poucas repetições com alta intensidade, enquanto com os kettlebells se utiliza predominantemente exercícios unilaterais e um alto número de repetições por séries combinado normalmente com moderada intensidade.
Os resultados encontrados por Hulsey (2012) também mostram uma diferença significativa entre o LPO e Kettlebells sobre as características de endurance. Contudo, no que se refere as características motoras do movimento e explosão muscular, ambos os equipamentos apresentaram melhoras similares.
Enfim, meu caro amiguinho viciado em Instagram fitness, essas "bolinhas" de metal (originalmente chamadas de GIRYA) tem suas vantagens e desvantagens, ficando a critério e conhecimento do seu professor indicar o melhor momento de utilizá-las no seu treino.
Não Inventei:
Fusi, Flor Bonadiman. Respostas Cardiopulmonares agudas aos exercicios com kettlebell. Dissertação de Mestrado. UFES, 2014.
Chaves. INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO COM KETTLEBELL VS LEVANTAMENTO DE PESO OLÍMPICO, SOBRE A CAPACIDADE DE SALTO, AGILIDADE E ENDURANCE EM JOVENS ADULTOS. 11º CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - UNIT. 2015.
Nick Beltz. EFFECTS OF KETTLEBELL TRAINING ON AEROBIC CAPACITY, MUSCULAR STRENGTH, BALANCE, FLEXIBILITY, AND BODY COMPOSITION. Volume 2, Issue 2, December 2013 | JOURNAL OF FITNESS RESEARCH.
Farrar, R, Mayhew, J, and Koch, J. A. Oxygen cost of kettlebell swings. Journal of Strength and Conditioning Research, Lincoln. 2010; 24:1034– 1036.
Hulsey, CR, Soto, DT, Koch, AJ and Mayew JL. Comparison of kettlebell swings and treadmill running at equivalent rating of perceived exertion values. Journal of Strength and Conditioning Research, Lincoln. 2012; 26(5): 1203–1207
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