"Pssor! Qual melhor forma para rasgar meu abdomen?".
- Felipe Kutianski
- 30 de mai. de 2016
- 2 min de leitura

A Primeira coisa Criatura Desorientada. O que rasga é papel, não teu abdomen (Assim espero!).
Segunda coisa é entender que existem alguns "grupos" de abdominais. Segundo Escamilla (2006), o crunch (flexão tronco até aproximadamente 30° em decúbito dorsal com joelhos fletidos a 90°) é a base para a maioria dos exercícios abdominais tradicionais. Os exercícios abdominais não tradicionais são aqueles realizados com flexão acentuada do tronco e com elevação simultânea das pernas e com a utilização de equipamentos e bolas.
Por fim, a terceira coisa que devemos considerar sobre musculatura do tronco, é a conclusão de Cholewicki (2002) sobre dois grupos musculares desta região: os profundos, que são os oblíquos internos, o transverso abdominal e os multífidos; e os superficiais, que são os oblíquos externos, os eretores espinhais e o reto abdominal.
"OK PSSOR! MAS VOCÊ AINDA NÃO RESPONDEU P#%&@ NENHUMA".
Calmaaaaaaa Criaturaaaaaa Impaciente, deixa eu manter meu raciocinio.
Segundo Vaz (1999), a comparação entre exercícios com e sem aparelhos não apresentaram diferença significativa da musculatura abdominal. Mantando essa mesma linha comparativa, Lehman (2001) afirma que as porções supra e infra do reto abdominal não apresentam diferenças na EMG em cada tipo de exercício SEM aparelho.
Porém... quando se analisou exercícios que se utilizam flexão do TRONCO e flexão do QUADRIL, foi encontrado diferenças significativas pelas conclusões de Sarti (1996) e Bérzin (1997), onde a realização do movimento do pelve com relação ao movimento tronco apresentou uma maior ativação da porção infra do reto abdominal.
Uma ótima estratégia para trabalhar de uma forma mais completa toda região abdominal Segundo Stevens (2008), é alternar os tipos de exercícios a serem realizados, com ou SEM auxílio de equipamentos. Outra forma eficiente é sugerida por Gentil (2010): (1) variar os tipos de exercícios abdominais, (2) treinar na amplitude máxima do exercício, (3) expirar na contração muscular, (4) controle e consciência da contração muscular do abdômen, e (5) 1 à 2 segundos de contração isométrica no pica da contração máxima.
Não Inventei:
Escamilla, R. F. Electromyographic analysis of traditional and nontraditional abdominal exercises: Implications for rehabilitation and training. Physical Therapy, 2006 - 86(5), 656-671.
Stevens, V. K. The effect of increasing resistance on trunk muscle activity during extension and flexion exercises on training devices. Journal of Electromyography and Kinesiology, 18, 434-445. 2008.
Cholewicki J. Relative contribution of trunk muscles to the stability of the lumbar spine during isometric exertions. Clin Biomech. 2002;17(2):99-105.
VAZ MA. Comparação da intensidade da atividade elétrica dos músculos reto abdominal e obliquo externo em exercícios abdominais com e sem a utilização de aparelhos. Anais do VIII Congresso Brasileiro de Biomecânica , UDESC, Florianópolis, pp. 441-446, 1999.
LEHMAN GJ. Quantification of the differences in electromyographic activity magnitude between the upper and lower portions of the rectus abdominis muscle during selected trunk exercises. Physical Therapy, 81: 1096-1101, 2001.
SARTI MA. Muscle activity in upper and lower rectus abdominus during abdominal exercises. Arch. Phys. Méd. Rehabil. 77: 1293-1297, 1996a.
BÉRZIN F. Electromyography study of the portions of the abdominal rectus muscle. Electromyogr. Clin. Neurophysiology, 37: 491-501, 1997.
Gentil, P (2010). Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas. Rio de Janeiro : Sprint, 2010.
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