“PUXE FERRO” E EMAGREÇA!
- Felipe Kutianski
- 6 de jul. de 2015
- 2 min de leitura

Estou recebendo dezenas de mensagens com inúmeras dúvidas sobre a relação da musculação na diminuição do percentual de gordura e no auxilio no tratamento de algumas doenças hipocênicas como: intolerância a glicose, resistência à insulina, dislipidemia, propensão no desenvolvimento de doenças coronarianas, câncer, entre outras. A obesidade já é considerada uma das grandes epidemias do novo século segundo a OMS, pois o nível de sedentários e obesos cresce diariamente em todos os lugares e em todas as faixas etárias.
A inatividade física, associada ao descontrole nutricional, faz com que o sujeito ultrapasse a sua ingestão energética ideal, e forçando o organismo no desenvolvimento de “depósitos” na forma de gordura corporal. Para cada 9,3 calorias de energia em excesso que penetram no organismo, ocorre armazenamento de 1 grama de gordura (GUYTON e HALL, 2002). Este excesso de gordura pode elevar alguns sujeitos no patamar de obesos, referindo-se a condições de uma elevada porcentagem de excesso de gordura corporal, acompanhado de inúmeras co-morbidades.
Como forma de combater este aumento da obesidade na população, muitos profissionais vêm investindo nos treinamentos que auxiliem no processo de EPOC (Excess Post-Exercise Oxygen Consumption), ou seja, alguns autores que sugerem que a atividade física pode causar aumento do gasto energético total de forma aguda, através do próprio gasto energético da realização dos exercícios e durante a fase de recuperação, ou de forma crônica, através de alterações na taxa metabólica de repouso. Portanto, além do aumento do metabolismo durante a realização do exercício a atividade física aumenta os níveis de metabolismo durante algum tempo do repouso pós-exercício (FOUREAUX, PINTO e DÂMASO, 2006).
Adoro usar os trabalhos do Prof. Dr. Paulo Gentil sobre este assunto em especial, mas hoje vou apresentar outro artigo referente ao tema. Em 2008, os pesquisadores André Veloso e Alex Freitas da Universidade Estadual de Montes Claros desenvolveram uma pesquisa para verificar os efeitos crônicos de diferentes estratégias de treinamento de força no processo de emagrecimento em praticantes de musculação. Os sujeitos foram separados randomicamente em G1 (treinamento de força com o objetivo de hipertrofia muscular) e G2 (treinamento de resistência de força) por um período de treinamento de 12 semanas.
Veloso e Freitas (2008), concluíram que o treinamento de força (musculação), tanto com objetivo de hipertrofia quanto resistência muscular, pode estimular o metabolismo de repouso ao aumento do gasto calórico, principalmente pelo efeito do EPOC que é mais acentuado nasatividades mais intensas. Como consequência o treinamento, alterações na composição corporal são significativamente comprovadas como: diminuição do percentual de gordura e aumentando a massa magra.
A principal diferença entre os dois grupos foi no auxilio de manutenção da massa magra. O grupo que teve como objetivo o aumento de massa muscular, apresentou maior aumento em membros como braço, e diminuição acentuada de gordura na região abdominal. O grupo que teve foco em resistência muscular apresentou uma diminuição de gordura e massa muscular de forma geral, ou seja, além de diminuir o excesso de gordura, teve uma leve perda de massa muscular.
PS: Antes de sair levantando quilos e mais quilos, procure uma orientação profissional sobre os treinos e dietas.
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